domingo, 16 de novembro de 2014

Hora do adeus

Neste domingo, dia 16 de novembro, a 42ª Feira do Livro de Pelotas terminará, deixando um gosto de quero mais e fazendo com que o público aficionado por livros comece a contagem regressiva em direção ao evento literário do ano de 2015. No ano da volta ao espaço da Praça Coronel Pedro Osório a indagação que fica é sobre a confirmação ou não das expectativas iniciais dos livreiros.
Para o senhor Nilo, proprietário da Livraria Prazer de Ler, voltada basicamente ao público infanto-juvenil, as expectativas de vendas confirmaram de forma positiva. O empresário destaca entre suas obras, a saída acima do esperado de revistas da Turma da Mônica Jovem.
Na Livraria Espírita Pelotense, a expectativa de comercialização não está bem definida, pois o balanço final estará pronto apenas na segunda ou terça-feira, mas as expectativas são boas quanto à participação na Feira. Fato curioso é que nesse estande temos a atuação de voluntários, seguidores do espiritismo, que não visam o lucro imediato, mas sim propiciar a divulgação de sua doutrina.
Sérgio Renato Medeiros, proprietário da Distribuidora Santa Rita de Santa Maria, frequentador assíduo do nosso evento literário, afirma que a Feira do Livro de 2014 está no mesmo nível da edição de 2012, a última realizada na Praça. Para Sérgio um dos grandes destaques de venda na sua banca foi a obra “Se eu ficar” de Gayle Forman.
Enquanto isso, Gélso Lovatel, dono da Livraria Vanguarda, reitera que o parâmetro de comparação que utilizará para analisar os resultados de 2014 serão os dados da edição retrasada (2012), pois sua empresa não participou do evento em 2013. Lovatel acredita inclusive que as vendas de 2014 superarão o montante de dois anos atrás. Dentre os destaques de seu estande, o proprietário da Vanguarda enaltece as obras de Nauro Júnior e ainda “A menina que roubava livros” e o “Diário de um banana”, confirmando uma tendência de crescimento da literatura infanto-juvenil.
Para Marcelo Sá Brito (Icária) e Isabel, proprietária da Livraria Cristo para Todos, a meta de comercialização foi atingida e até mesmo superada. O responsável pelo estande da Icária diz que o grande destaque na sua banca foram as edições de “O Pequeno Príncipe”, clássico infanto-juvenil de Antoine de Saint-Exupéry, que acabaram sendo totalmente comercializadas.
Já no estande da Seicho-No-Ie, a divulgadora Dayse diz que a o objetivo principal era divulgar as ideias da corrente filosófica, mas que a parte comercial do evento foi satisfatória. Quatro revistas da seita foram distribuídas de forma gratuita durante a Feira do Livro e os livros que sobressaíram no estande em termos de venda foram “A prosperidade em suas mãos” de Yoshihico Iuassaca e “Chave da Provisão Infinita” de Masaharo Taniguchi. Outro ponto de destaque foi a comercialização dos famosos calendários da Seicho-No-Ie, que veiculam mensagens do grupo religioso-filosófico.
O único livreiro que não se mostrava totalmente satisfeito era Luís Brito, proprietário da Livraria Santa Ana, da cidade de Porto Alegre, reconhece o potencial de venda da nossa Feira, mas admitiu dificuldades de comercialização, pois não conseguiu colocar o seu estande no ponto nobre da Praça, o entorno do chafariz. Embora o percalço, o livreiro diz que as obras que tiveram maior saída foram as que tratavam de temas técnicos-pedagógicos.

Para o senhor Wilson, vice-presidente da Câmara Pelotense do Livro, A Feira do Livro melhorou depois de sua volta à Praça Coronel Pedro Osório. Para ele, o fato da edição anterior ter sido feita no Mercado Central foi desumano em relação aos livreiros e neste ano as expectativas de público e vendas teriam sido cumpridas e só não avançaram muito além do esperado por causa das intensas chuvas verificadas nos primeiros dias da Feira.

Texto e foto: Luís Artur Janes Silva
Assessoria de Comunicação da Empresa Jr. UCPEL

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